segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Nota:

Infelizmente, terei que ficar duas semanas sem postar. Estarei durante este mês no estado do Mato Grosso. No fim do mês postarei a segunda postagem. Obrigado aos amigos que tem visitado e comentado.

Continuemos pensando...

sábado, 2 de janeiro de 2010

Começando a pensar...

Pensamentos. Quando começo a pensar viajo. Não "na maionese", mas por um mundo invisível que está em meu ser. Não creio que os nossos pensamentos sejam apenas fruto das reações eletroquímicas ocorridas em nossas mentes: as sinapses. Sejam pensamentos sobre a vida, pensamentos lógico-matemáticos, pensamentos sobre o amor, ou mesmo o pensamento que fala consigo mesmo. Onde está este "ser" que eu ouço falar dentro de mim, dentro da minha cabeça, dentro do meu eu?

O filósofo francês René Descartes, em seu ceticismo metodológico, duvidava de tudo. Sendo assim, Descartes instituiu a dúvida: só se pode dizer que existe aquilo que puder ser provado. Baseado nisso, Descartes buscava provar a existência do próprio ser. Seu primeiro postulado foi então: Cogito ergo sum: Penso logo sou; mais conhecido como: Penso, logo existo. Assim, para Descartes, o próprio pensamento estava no princípio de todo e qualquer pensamento do homem sobre todas as coisas.

Mas o Pensamento Cartesiano, também conhecido como Pensamento Moderno, ainda estava preso. Preso ao empírico, ao tangível, ao mundo físico. Deste Pensamento Moderno estavam ausentes, e ainda estão ainda hoje em muitas mentes, inúmeros outros Pensamentos que não se podem ser "provados" por meio do plano físico, da ciência moderna, da filosofia cartesiana. Neste mundo metafísico, meta-empírico, quiçá espiritual, podemos encontrar os sentimentos, a alma, Deus e até nossos próprios pensamentos, estes que muitas vezes não sabemos de onde vêm.

Já no Século XVII uma voz se levantou contra a Ditadura da Razão. Esta voz dizia que "o coração tem razões que a própria razão desconhece". Não, ele não estava falando sobre o amor. Blaise Pascal, o autor desta frase, famoso físico-matemático que abdicou da ciência para se dedicar à teologia, utilizou-a para se referir ao conhecimento que podemos ter para além da razão empírica. Com esta frase Pascal nos convida a entrar neste mundo muito além da razão empírica que se descortina em nossa vida cotidiana e podemos percebê-lo, mesmo conquanto não possamos mensurá-lo.

Este mesmo Pascal inspirou a criação deste blog. Sua maior obra: Penseés, dá nome (em português) ao blog: Pensamentos. E a motivação que levou Pascal a escrever o seu livro também é uma das inspirações que me levam a escrever este blog: "E foi assim que, encontrando consigo material suficiente para combater os ateus, e até mesmo para confundi-los, Pascal se pôs a preparação de sua obra". Assim também me disponho a escrever. Não com tamanha capacidade, audácia e pretensão de Pascal. Mas escrevo tencionando deixar meus Pensamentos sobre religião, teologia, filosofia e acontecimentos do cotidiano.

Este foi o primeiro pensamento deste blog. Semanalmente teremos mais pensamentos.


Soli Deo Gloria